Pular para o conteúdo principal

A proposta do PNDH - III




A bola da vez da impressa brasileira é na proposta do 3º Plano Nacional dos Direitos Humanos, que teve seu decreto em 21/12/2009 para elaboração do tal plano tendo gerado um grande debate sobre o PNDH – III, devido a inúmeros pontos que o plano discute. A importância do plano está estreitamente ligado ao papel do país dentro do cenário internacional e das ações do próximo governo brasileiro.
O PNDH-3 está fundamentado, assim, nos seguintes eixos: Interação Democrática entre Estado e Sociedade Civil; Desenvolvimento e Direitos Humanos; Universalizar Direitos em um Contexto de Desigualdades; Segurança Pública, Acesso à Justiça e Combate à Violência; Educação e Cultura em Direitos Humanos e, para completar, o Direito à Memória e à Verdade.

A Declaração Universal dos Direitos Humanos (http://www.mj.gov.br/sedh/ct/legis_intern/ddh_bib_inter_universal.htm) assinado pelo Brasil em 1948, foi criado pelo a ONU pós Segunda Guerra Mundial, com a finalidade de garantir a pessoa humana direitos para sua sobrevivência. Mas o que seria ser humano? para ter direito a essa declaração. Isso é um assunto a ser discutido em outro momento.
Análise o momento atual do pais. Estamos em um período pré-eleitoral, quando formam-se as coligações e a participação popular é quase nula nesse caso. Porém, com o debate que esta acontecendo sobre o PNDH – III, a sociedade civil organizada tende a expressar seus interesses fazendo com que o quadro político seja sempre voltado a essa vontade. Tornando um assunto, no caso o PNDH, sobreposto a outros problemas que deveriam ser discutidos. A manobra política que pode ser o decreto do PNDH será muito bem aproveitada pela oposição, se tivéssemos uma.

Ainda assim alguns políticos, grupos organizados estão observando o que é desejado pelo PNDH o ponto que tem destaque é o Direito à Memória e à Verdade que pretende investigar os crimes ocorridos durante a ditadura militar, colocando os torturadores em posição de “desvantagem”, pois eles seriam entrevistados e casos de mortes e desaparecimentos seriam investigados. Para o Ministro da defesa Nelson Jobim isso é uma forma de “revanchevismo”  contra os militares ainda tem uma posição contraria a punição dos torturadores. A lei da anistia (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L6683.htm) que prevê em seu   “§ 1º - Consideram-se conexos, para efeito deste artigo, os crimes de qualquer natureza relacionados com crimes políticos ou praticados por motivação política.” Deixando todos os torturados e torturadores em pé de igualdade.

As conferências realizadas para a elaboração do PNDH, muitas organizações solicitavam o Direito à Memória e à Verdade, pois necessitamos saber o que realmente aconteceu em nossa sociedade durante o regime militar, devido às atrocidades das torturas que usavam desde tentativas de afogamento a choques elétricos entre outros meios bizarros. E ainda existem pessoas que defendem a não punição dos torturadores. O regime militar brasileiro se investigado poderá revelar-se um dos mais violentos, fazendo que o país seja cobrado por ações corretoras de tais fatos através de órgãos internacionais, podendo reduzir a popularidade do presidente. Os interesses em jogo para a elaboração e aprovação do PNDH são  muitos, pois o poder ainda permanece na mão de grupo que não é muito diversificado da bases da ditadura, bases no sentido de apoio aquele sistema, pois ainda temos uma sociedade organizada fraca, um classe empresarial vendida e um grupo de pensadores que não são populares.

Assim debater algo como o PNDH dentro de uma sociedade que ignora ou esquece da coletividade é complicado devido ser um plano coletivo e voltado a alguns grupos minoritários fazendo com que outros sintam-se ameaçados como os agropecuaristas, os militares entre outros. Mas devemos lembrar que o momento político brasileiro é favorável a criação de ferramentas para a participação popular, transparências nas ações do governo e ainda manifestações populares em vários sentidos para fazer esse período político diversificado, dando um boa dor de cabeça aos candidatos buscando fazer planos de governos que possa satisfazer a maioria da população. E o PNDH é um bom começo para essas ações.

O Plano Nacional dos Direitos Humanos – III é importante para o planejamento de um país mais democrático, se isso for possível, onde a participação popular na República possa realmente ser levada a serio e não seja apenas política para gringo ver. Então a participação e a observação do andar desse debate fazem-se necessário a todos os cidadãos humanos deste país.

Link´s para pesquisa:
Declaração Universal dos Direitos Humanos
Decreto 7037, 21 de dezembro de 2009.
A lei da anistia

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Pense em seis coisas impossíveis antes do café da manhã

-->  Música( Avril Lavigne's 'Alice In Wonderland' Video Is 'Haunting ) “Isto é impossível. Só se você acreditar que é. Às vezes, eu acredito em s  eis coisas impossíveis antes do café da manhã. Um: há uma porção para te encolher. Dois: um bolo que pode te fazer crescer. Três: animais que podem falar. Quatro: gatos que podem desaparecer. Cinco: um lugar chamado país da maravilhas. Seis: Eu posso...” , momento celebre no filme “Alice no País das Maravilhas”(Tim Buton, 2010), nunca escrevemos sozinho, esta mensagem tem sido repassada inúmeras vezes de forma diferente, “Ela acreditava em anjos, e, porque acreditava, eles exitiam” (Clarisse Lispector). Mas como acreditar nela é mostrada em Alice de forma mágica como todo aquele toque de cinema. Quem já leu o livro Alice no País da Maravilhas de Lewis Carroll, percebe que em seu texto não já essa menção ao impossível, porém todo o livro fala disso o t

Fui ver o filme A Freira. É bom?

Uma noviça à beira de fazer seus votos ( Taissa Farmiga ) e um padre ( Demián Bichir ) viajam para a Romênia para investigar o suicídio de uma jovem freira. De acordo com o diretor Corin Hardy (The Hallow), a repetição é a chave para espremer o suor frio da plateia. Quando não está sangrando, o diretor perde sua narrativa envolvendo seus personagens de velas/lanternas/sinos com cenas circulares que culminam em algo por trás delas, “ Booooohhhh! ”. Como extensão da franquia Invocação do Mal, esse é um mistério sem um final, então não perca tempo tentando evocar qualquer diálogo interno. Isso é assustador? Se não fosse por explosões súbitas de fúria do som, não haveria nada para fornecer choques, muito menos sustos. O que mais assusta é a completa e total falta de enredo ou sangue que não seca, o Santo Gral intacto até hoje, ou a simples bomba de guerra que abre o portão do inferno. Mas nada supera: o "cuspir o sangue de cristo" que toca a cortina é a maior risada que

Avatar: O Caminho da Água. Fui ver e tive reflexões filosóficas e sociológicas do filme.

O filme "Avatar: O Caminho da Água" é um dos mais populares da história do cinema e foi um marco na tecnologia de efeitos especiais. No entanto, ao avaliar o filme como um todo, há aspectos positivos e negativos a serem considerados. Avatar: O Caminho da Água" é a sequência do filme "Avatar" de 2009, também dirigida, escrita e produzida por James Cameron. O filme foi lançado em 2022 e se passa em Pandora, um planeta habitado por uma raça de seres humanoides chamados Na'vi. O filme segue a história de Jake Sully, que agora é um líder Na'vi, e sua esposa Neytiri, enquanto eles lutam para proteger Pandora de uma ameaça crescente. Uma nova empresa chega a Pandora com a intenção de explorar os recursos do planeta, mas essa exploração vem a custo da destruição dos habitats naturais e da vida selvagem de Pandora. Jake e Neytiri lideram a resistência dos Na'vi contra a empresa e tentam encontrar uma solução pacífica para a crise. Enquanto isso, eles