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Mostrando postagens de 2014

Aquilo

Ouvindo (Vivendo do Ócio-Nostalgia  ali ) O tempo... Esse sim, mostra muita coisas! Toda a felicidade, experiência, rotina acabam transformando aquilo em algo comum e não percebemos o quanto aquilo é especial. Esse aquilo pode te definir, pode te moldar, pode te aproximar e distanciar. O aquilo faz parte da tua vida e simplesmente deixa de ser valorizado se torna um pronome demostrativo, um situação ordinária, uma rotina que não merece valorização excepcional. O aquilo talvez seja o que você realmente é. A busca por mais Eu faz você perder o aquilo e você deve buscar um outro excepcional. Mas o aquilo vivido fica na memoria e o passado se torna maravilhoso e o aquilo parece está lá, agora sendo experimentado por todos menos você que não faz mais parte daquilo. Ficando apenas a pergunta: como seria se eu tivesse naquilo agora com eles? Valorize os seus aquilos, eles merecem, e não deixe ele serem ordinários, pois construir outros aquilos req

Rio em Chamas (filme manifestação)

Rio em Chamas é um filme-manifestação que fala da crise social por que passa a cidade do Rio de Janeiro e dos protestos públicos que se tornaram constantes desde meados de 2013. Como uma manifestação, é composto pelos múltiplos pontos de vista de seus vários realizadores, unindo testemunhos, ficção, registros documentais e animações, sem pretender apresentar uma visão totalizante dos acontecimentos que vêm se acumulando desde então, mas sim tomar parte deste momento. Rio em chamas é um filme criado no calor do momento, na emergência dos acontecimentos. Capta os diversos climas que motivaram e motivam as manifestações que ocorrem na cidade desde de 2013, dando a elas legitimidade e se incluindo mesmo barco. Apresenta uma sequência de confrontos nas ruas, então temos imagens fortes de choque entre manifestantes e a policiais, um barulho inteligível, vozes misturadas, deixando evidente a agonia e o desejo por mudança. Tudo isso sai da tela e faz o telespectador se sentir no meio

O sofrimento

Was mich nicht umbringt, macht mich stärket. Aquilo que não me mata, me fortalece. O que seria da humanidade se não fosse o fato de termos sentimentos e sensações... pobres homens que amam, sofrem, são felizes, sofrem, tem família, sofrem, tem amigos, sofrem, são felizes, sofrem, fracassam, sofrem, superam, sofrem. É sofrem é uma carma do qual não estamos livres. Nos últimos meses tenho percebido que um dos mais graciosos, cruel, deliciados e renovadores sentimentos é o sofrimento. Seria ele lado ruim do que é bom, ou um molde de régua para qualificarmos o bom e ruim? Não sei como responder. No entanto, sei que sofre se faz necessário para aprender a ser feliz, afinal como saberei o que é felicidade se não aconheço o seu oposto. Parece simples (e pode ser), mas como lhe dar com isso. Essa sensação de não, de fracasso, de desencaixe, de um cômodo que incomoda. Como? A dor é um caminho. E nem tudo que nos faz sofrer e necessariamente ruim,

"nem todo amor acontece a primeira vista" Hoje Eu Quero Voltar Sozinho (The Way He Looks)

Se uma palavra pudesse descrever essa obra seria sutileza. O filme do diretor   Daniel Ribeiro   que também assina o roteiro. Em 2010 o mesmo diretor lançou o curta  Eu Não Quero Voltar Sozinho  que já foi comentado pelo  blog ,  cuja a temática é descoberta da sexualidade por um adolescente cego e também homossexual de uma forma inusitada.  Hoje eu quero voltar sozinho  tem um aspecto atemporal, pois a mudança de comportamento entre os personagens varia entre o início da adolescência e a aproximação da fase adulta e o espaço, por mais que seja explicitado que se passa em São Paulo, os cenários poderiam ser em qualquer cidade grande. Hoje eu quero voltar sozinho, como dito antes, é sutil e extremamente sensível, não apenas por seu personagem principal ser cego, mas pela forma como ele toca nas temáticas principais: conflitos da adolescência, bullying, sexualidade e cegueira. Léo ( Ghilherme Lobo ), personagem principal, sente-se preso/vigiado pelos pais e busca a sua independê